domingo, 24 de abril de 2011

A Ressurreição de Jesus

Só para constar.

Naquela semana havia sido a Páscoa judaica, talvez no terceiro e quarto dias (3a e 4a) ou quarto e quinto dias. Por isso a cidade estava cheia e o sinédrio queriam evitar que Jesus ali pudesse atrair a atenção de todos.

Jesus morre no sexto dia (sexta feira) na hora nona (14-15h). É sepultado no mesmo dia antes do sol se por e começar o shabat (que se iniciava às 18h da sexta e ia até 18h do sábado).

Passa o sábado, que era o dia que os Judeus guardavam para sua espiritualização. Além dos guardas que se postavam junto ao local do sepultamento de Jesus, ninguém ali se aproximou naquele dia.

Na primeira hora (6-7h) da manhã do primeiro dia (que hoje chamamos de Domingo, mas que seria a nossa "primeira feira", por isso alguns calendários iniciam a semana no domingo, o que está corretíssimo), Maria de Magdala vai até o local do sepultamento e vê os guardas no chão, a pedra do túmulo aberta e lá dentro a mesa vazia sem o corpo de Jesus.

Os anjos que ali estavam perguntavam a ela o que ela procurava, se procurava entre os mortos aquele que está vivo... E ela viu Jesus, vivo, que a orienta e ela vai até os outros contar.

Jesus apareceu a ela em espírito. Não foi de carne e osso. Jesus veio nos mostrar com sua própria morte do corpo que a vida segue após o túmulo.

Ele que após ter ensinado uma doutrina totalmente espiritual não poderia ressurgir num corpo de carne e osso.

Seria a vitória do material, o que seria um absurdo. Mas Jesus mostra a todos que eles poderiam matar o corpo, mas que espiritualmente o espírito vence e supera o túmulo.

A ressurreição de Cristo é espiritual. E isso muda o nosso modo de pensar. Muda nossas decisões, pois nós também iremos sobreviver à morte e não adianta ir jogando a nossa vida fora, temos que aproveitá-la. Este é um ensinamento importante, somos imortais. Isso muda tudo em nossa vida, não vamos pensar mais tão materialmente, mas sim em conseguir angariar coisas eternas para a nossa vida futura.

Quem assistiu o filme O Corpo, com Antonio Banderas, sabe bem o que estou dizendo. Uma doutrina baseada na ressurreição física de coloca uma pedra sem firmeza para pisarmos.

Mas e Tomé? Ele e nós também duvidamos. Nossa fé precisa de provas. E queremos colocar as mãos em suas chagas para termos certeza que aquele é o Messias. E isso é possível em materializações vulgares, muito mais seria possível na materialização do espírito do governador planetário.

Como Jesus aparecia mais intensamente aos seus discípulos nos primeiros dias, durante os 40 dias seguintes, este dia recebeu o nome de Domingo, ou dia de (estar com) Deus.

Que na páscoa cristã possamos sempre lembrar que somos imortais, que nossa alma vai seguir e que isso deve ser ensinados ao nossos descendentes.

sábado, 23 de abril de 2011

Orgulho e Preconceito

Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Orgulho_e_Preconceito

Jane Austin (1775-1817) foi uma autora inglesa de romances, que teve seu trabalho reconhecido e enaltecido nos quase 200 anos de sua morte. Seu primeiro livro é o também conhecido "Razão e Sensibilidade", publicado em 1811. "Orgulho e Preconceito", publicado em 1813, tinha anteriormente o título "Primeiras Impressões".

Além dos filmes baseados diretamente em "Orgulho e Preconceito", as películas "Mensagem para você" (com Tom Hanks e Meg Ryan) e "Diário de Bridget Jones" (com Renee Zellweger e Colin Firth) são releituras confessas do original.

É inacreditável que Jane Austin, que teve uma vida simples, mas com acesso à leituras e voracidade por elas, pudesse ter tido a inspiração para compreender e "roubar" o título do capítulo derradeiro de "Cecília" (de Fanny Burney) e emplacado o novo título de "Primeiras Impressões" como "Orgulho e Preconceito".

A história de amor entre Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy realmente correlaciona estes dois defeitos, Orgulho e Preconceito. Um parece o arco e o outro a flecha. Ambos personagens tem os dois defeitos, talvez ele mais orgulhoso e ela mais preconceituosa (como ao longo dos dois séculos sempre foram intepretados).

Porém, estes defeitos andam juntos, um alavanca o outro. O orgulho e preconceito nascem de nossa necessidade de "defendermos" o nosso "eu".

O primeiro vem do reino animal: preciso me proteger do que está fora, preciso cadastrar o perigo que vem de fora para não correr risco de sofrer um ataque qualquer (preconceito).

O segundo, também primitivo: só existe uma razão para minha existência, que eu possa ser amado, admirado ou temido pelos outros, sendo que minha vida esteja baseada nisso e se alguém colocar isso em risco, devo me defender (orgulho).

O orgulho é um sentimento que temos há muitos séculos, há muitas existências. Ele nos leva a situações ruins, não é uma virtude, ou meia virtude, é um defeito inteiro e junto do egoísmo formam as duas raízes de todos os defeitos e males que assolam este planeta. Como já dissemos em post anterior, para o "orgulho positivo", favor procurar uma outra palavra mais apropriada.

Negar o orgulho é negar a quem somos, ao que nos trouxe até aqui. Os defeitos do hoje eram virtudes no ontem. Mas depois que o espírito vive uma fase mais madura, aquilo que era uma força, hoje pode ser substituído por outros sentimentos relacionados a humildade.

Ou seja, no mundo hominal nós podemos nos "defender" e "sobreviver" sem o uso do orgulho, mesmo num planeta ainda complicado como este.

O preconceito é uma das melhores armas que o orgulho têm para se defender do que vem de fora.

Muitas vezes pensamos em nós e ficamos deprimidos. E com isso, buscamos falar e cuidar dos outros para esquecermos de nós mesmos. E fofocar é uma forma de preconceituar.

Podemos viver hoje olhando para nós e nos amando como somos? Sim, sim, sim. Sem nos rebaixarmos ou nos enaltecermos. Vivendo a realidade estamos conosco mesmos, lembrando de nós. Este é o caminho da felicidade.

É claro que num filme que dura 2 horas, ou num livro que lemos em 7 ou 15 dias, é didático entendermos que o orgulho e o preconceito sejam problemáticos para uma vida a dois. Se você senta com um casal em desavença, mas conversando em separado, verá cada qual com uma versão, ambas parciais, ambas com verdades e mentiras, coisas explícita e outras ocultas. Quando erramos, mostramos nossas nobres razões e pedimos o perdão de direito. Quando o outro erra, não quero perdoar.

Elizabeth, assim como Mr. Darcy, buscam se melhorar o tempo todo, durante todo o livro. Eles se gostaram desde o primeiro olhar, desde o primeiro dia. Sentiram medo de sofrer, medo diante dos obstáculos gigantescos que imaginavam existir. Medo de não conseguir superá-los, de se decepcionar, de se amarem menos.

Ela, que no início do livro buscava argumentos para odiá-lo, ouvia as histórias e tomava partido. Depois ouvia seus sentimentos e buscava ver um outro lado bom dele. Logo depois caía na mesma armadilha anterior e se defendia. E assim por diante, ia se aproximando e distanciando. A falta de diálogo era desastrosa. É preferível eu achar algo de alguém do que realmente conhecer quem esta pessoa é. Muitas vezes temos coisas a dizer ao outro, mas por orgulho, esperamos que ele descubra por si só. Darcy teve que escrever uma carta para se explicar, mas que mesmo assim ainda não a satisfaz. Ele precisou auxiliar suas irmãs caçula e mais velha para que ela entendesse os seus sentimentos, para que ela compreendesse quem ele é e do que seria capaz. Ele não pediu nada em troca, fez por amor. Mas fez, por que ela lhe abriu os olhos, que o fez vencer o orgulho.

O maior legado da obra é falar destes dois defeitos, de colocar luz sobre eles. E que esta obra se perpetue para que muitos milhões de corações possam ser despertados para isso.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A Mente: o espelho da vida - Emmanuel

A mente é o espelho da vida em toda parte.

Ergue-se na Terra para Deus, sob a égide do Cristo, à feição do diamante bruto, que, arrancado ao ventre obscuro do solo, avança, com a orientação do lapidário, para a magnificência da
luz.

Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso a
retratar a Glória Divina.

Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a animalidade e a angelitude, somos impelidos a interpretá-la como sendo o campo de nossa consciência desperta,
na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar.

Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar.

Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca. Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e repercussão. O reflexo esboça a emotividade. A emotividade plasma a idéia.

A idéia determina a atitude e a palavra que comandam as ações.

Em semelhantes manifestações alongam-se os fios geradores das causas de que nascem as circunstâncias, válvulas obliterativas ou alavancas libertadoras da existência.

Ninguém pode ultrapassar de improviso os recursos da própria mente, muito além do círculo de trabalho em que estagia; contudo, assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de assimilação.

Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante. Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos. Por elas, estacionamos sob a fascinação dos elementos que
provisoriamente nos escravizam e, através delas, incorporamos o
influxo renovador dos poderes que nos induzem à purificação e ao
progresso.

O reflexo mental mora no alicerce da vida. Refletem-se as criaturas, reciprocamente, na Criação que reflete os objetivos do Criador.

Vontade
Comparemos a mente humana – espelho vivo da consciência lúcida – a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.

Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos e as aspirações, acalentando o estimulo ao trabalho; o Departamento da Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura; o Departamento da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade; o Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência, e outros, ainda, que definem os investimentos da alma.

Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade.

A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.

A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.

Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.

A eletricidade é energia dinâmica. O magnetismo é energia estática. O pensamento é força eletromagnética. Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do espírito para as Metas Supremas,
traçadas pelo Plano Divino.

A Vontade, contudo, é o impacto determinante. Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina. O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a
capacidade de reflexão que lhe é própria; no entanto, na Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.

Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade, a Imaginação pode gerar perigosos
monstros na sombra, e a memória, não obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.

Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito. Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate da conexão entre os semelhantes, porque a sintonia constitui lei inderrogável, mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

No ambiente de trabalho II

6. Ter espírito de servir. Lembrar que o maior de todos na terra, lavou os pés de seus discípulos. Devemos sempre estar abertos a colaborar com os companheiros que estão ao nosso lado. Se todos estiverem nesta toada, o grupo é como um barco a remo em que todos remam para o mesmo sentido, unem as forças, se protegem, se amparam.

7. Respeito. Respeitar o trabalho que Deus lhe deu, respeitar os companheiros, os clientes, as determinações. Respeitar a si próprio. Pense no que você diria de si próprio daqui há 20 anos.

8. Paciência e Tolerância. Aceitar como as pessoas são, saber que cada uma tem o seu tempo, pois também temos o nosso tempo.

9. Líder e Liderado. São relações que devem ser cuidadas com muito carinho. Quando estamos nos dois papéis, precisamos respeitar a ambos. Criar um clima de paz, confiança, de poder ouvir e ser ouvido. Todo líder deve cuidar de seus liderados com muito carinho, respeito, amor, cuidados gerais. Deve pensar e criar um clima de crescimento, de evolução da carreira. Se quiser ter boa equipe trabalhando para ti, cuide dela. Eu já perdi boas equipes e fiquei anos sem ter ao menos uma. E pensava: o que eu fiz de errado para perder tudo? E pensando no que fiz, fui mudando minha atitude com os liderados. E o contrário vale também. Podemos nos perguntar o por que de termos um chefe tão cruel ou ruim, mas será que merecemos um chefe melhor? Façamos por merecer, sendo fiéis ao atual e preservando-o de problemas desnecessários.

10. Não falar mal, não pensar mal de ninguém (difícil, né? mas não custa tentarmos todos os dias). Buscar eliminar qualquer tipo de fofoca.

Lendo isso, algumas pessoas podem pensar que eu seja um exemplo, que não sou. As coisas que escrevo aqui valem para mim, são reflexões que eu preciso me fortalecer. Sou como você que está lendo, precisando de água fresca para cruzar este deserto. Um grande abraço.

terça-feira, 12 de abril de 2011

No ambiente de trabalho

1. Buscar pela manhã, antes de seguir para o ambiente de trabalho, ainda em casa (se possível), sentar-se e abrir um livro edificante, ler um pouco e depois fechar os olhos, buscar a sintonia com o plano superior, encher o coração de boas energias, limpar a mente dos maus pensamentos e visualizar o ambiente de trabalho, vibrando amor e paz para todas pessoas que ali estarão, enchendo de luz todos os corações, principalmente daquelas pessoas que muitas vezes não nos damos bem. Vibrar amor por aqueles que trabalham conosco, muitas vezes sob nossa tutela. Todos vêm de casa com seus desafios, que possamos ser pacientes e conscienciosos. Repetir isso todas as manhãs, não negligenciando ou desdenhando da força do Bem, mas ao mesmo tempo não menosprezando a força do mal.

2. Manter a sintonia durante o dia, não se envolvendo emocionalmente com as coisas, confiando em Deus, exercitando a Fé.

3. Poder ajudar as pessoas, sendo Cristão nas pequenas coisas, nas mínimas atitudes. Ouvir o próximo, dar apoio quando algo acontece na vida deles, estar à disposição. Se preparar para ajudar, pois o trabalho de auxílio virá. Fazer isso sem que prejudique sua responsabilidade, mas tenha em mente que sempre é possível ajudar aos outros.

4. Ética e Moral são atributos do Cristão no ambiente de trabalho. E ninguém normalmente critica uma atitude correta, respeitam, mesmo que pensem e ajam diferente. Fica a força do exemplo novamente.

5. Conversar com os mais humildes, faxineiros, vigias, copeiros. Normalmente acordaram bem mais cedo, moram bem mais longe, ganham bem menos, mas vibram um amor às vezes maior que aquele que tem mais condições. Sorria e seja gentil com estes pequeninos todos os dias, estarás sorrindo diretamente a Jesus.

Depois vem mais. Bom trabalho a todos.

domingo, 10 de abril de 2011

Pais e Filhos

"Eu moro com a minha mãe, mas meu pai vem me visitar" (Renato Russo em Pais e Filhos).

Histórias fictícias, pois a visão de cada um não reflete a realidade como um todo.

"Um casal que não está totalmente equilibrado resolve adotar uma criança, um menino de poucos meses de nascimento. O pai, com um sério alcoolismo "social", resolve que irá educar o filho com rigidez, pois "assim é que se faz", "de pequeno é que se torce o pepino". O garoto vai crescendo embaixo de críticas e perseguições do pai. Quando está com alguns poucos anos de idade, faz de tudo para atrair a atenção do pai, portanto faz as coisas erradas e fica olhando, aguardando a reação, a bronca, as palmadas. Quando está somente com a mãe, ele é um menino doce, tranqüilo, alegre. Quando está com o pai, é levado, choraminga, chora mesmo, está revoltado. Quando um terceiro dialoga com ele, longe dos pais, lhe passa as coisas com amor, procurando ver o lado da criança, o menino reage bem, sente-se amado e não precisa criar problemas, pois se sente seguro. Os pais estão agora em crise, podem se separar. Como será o dia a dia desta criança? O que pode provocar no futuro deste menino uma imagem de pai como esta?"

"Uma menina, filha de pais separados, tem uma mãe ausente e desatenta e um pai atencioso. Porém a mãe mantém a guarda e recebe a pensão. Desde pequena a garota tem problemas por falta de atenção da mãe, teve todas as dificuldades para falar, para se expressar, para se desenvolver. A mãe culpa a separação, mas os problemas já existiam antes disso ocorrer. A menina inicia uma terapia e melhora, mas logo a mãe interrompe o tratamento. A garota tem problemas sérios de aprendizagem, mas que podem ser superados caso entre numa terapia. E o pai terá que entrar na justiça uma vez mais para tentar resolver este assunto. O que será desta menina e o que ela vai pensar dos pais, o quanto eles lutaram por ela?"

"Um outro casal, que mora com as duas filhas, os quatro dormindo num quarto sem janela, pois vivem humildemente num porão de uma casa. A filha de 5 anos e meio ajuda a mãe a cuidar da irmãzinha recém nascida. Segura no colo, troca a fralda, arruma o quarto. Muita harmonia e luz neste simples lar. As duas meninas crescerão se respeitando e se amando, descobrindo o verdadeiro papel de família e de serem irmãs".

"Um menino 4 anos mais novo que o seu irmão busca ser como ele, não vive sua vida, tenta viver a do irmão, ser como o irmão. Vive com poucos amigos da sua idade, vive revoltado, vai mal na escola etc. A mãe e o pai trabalham muito e os dois vivem com uma empregada e uma babá. Até que a mãe perde o emprego e fica em casa por um ano. Neste período ela cuida muito dos filhos, está presente em todos os pontos, organiza a vida deles, acompanha as lições de casa, dá segurança a ambos. O mais novo se sente bem, seguro, tem agora seus amigos, vai bem na escola, é mais amoroso e calmo".

"Uma mãe que trabalha muito também perde o emprego. Pode ficar mais perto dos filhos e com isso ajuda no desenvolvimento de ambos, tanto na parte psicológica, quanto na saúde. Depois de quase um ano desempregada, os filhos estão bem e se sentem mais amados".

Ter filhos de fato é um processo natural, mas nos dias de hoje no qual as pessoas buscam tomar suas decisões independente dos conceitos e preconceitos sociais. Ou seja, hoje tem filho quem deseja (ou quem não se cuidou).

Ter filhos, naturais ou adotivos, é uma opção, um ato de caridade, pois dá trabalho, é uma baita responsabilidade. O que nossos pais fizeram por nós nesta vida, nos ajudando a aprender e crescer - devemos realizar o mesmo aos nossos filhos, dando amor e paz a eles. Vale uma vida, literalmente.

Muitas vezes pensamos no nosso trabalho profissional, pensamos em nossas vidas, mas quando nos dedicamos a estes pequeninos que Deus nos confiou, a nossa alegria é tamanha, nada mais vai nos dar alegria maior que esta. É assim a Lei de Deus, a Lei do Amor, Lei do Universo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Caderneta Pessoal e Reforma Íntima

Muito já se disse sobre a Caderneta Pessoal dentro do movimento espírita. E por isso, mesmo os movimentos que não a utilizam, falam dela como se a conhecessem. Mesmo que você participe de um centro que a utilize, encontrará pessoas que ali não a compreendem e não gostem dela.

Quem escreve na caderneta e trabalha ali seus sentimentos, conseguem efetivamente entrar num estado de compreensão de si próprio que, continuamente, vai levá-lo ao auto-conhecimento de si próprio.

Não existe uma só maneira de se fazer a reforma íntima ou de ter auto conhecimento. Como muitos preferem, a reflexão ou meditação são outras vias. Eu diria que não devemos deixar uma pela outra, pois todas elas são complementares e assim como todas tem seus benefícios, vou colocar aqui os da Caderneta Pessoal:

- Escrever e ler faz parte da evolução da sociedade e do nosso crescimento individual. É um salto que demos, coletivamente e individualmente.

- Conhecer os sentimentos que realmente temos em diversas situações traz um estado de compreensão sobre nós que permite ao mesmo tempo nos perdoar, nos tirar da sintonia que muitas vezes entramos e nos dá o entendimento do caminho que devemos percorrer.

- A caderneta é um caderninho com folhas em branco. Não há uma regra para fazê-la, cada um escreverá do seu jeito. Se fosse uma coisa pronta, um formulário, aí sim seria uma formalização, uma normalização. Mas não há forma ou norma. Existem dicas que os Discípulos podem trocar entre si, dentro de suas vivências. São maneiras de se incentivar uns aos outros sobre caminhos que descobriram em suas investidas de reforma íntima.

- Planejar sem escrever é um absurdo. Se reformar sem se planejar é ineficiente, é como viajar sem se saber o caminho, sem mapa, sem contar com os mantimentos necessários... Planejamento, qualquer que seja, requer que tracemos um plano e que regularmente possamos nos avaliar e nos replanejar. É assim que deve ser uma caderneta, um planejamento dinâmico de nossa reforma íntima. Como fazer isso é de cada um, é pessoal.

- Colocar data é uma coisa importante para que se avalie o planejamento, ajuda. É uma dica. Com o tempo se vê que caderneta sem datas não dão ao seu dono a sensação de tempo que é importante em todos os aspéctos desta encarnação, não só na reforma íntima. O tempo é uma referência vital da humanidade.

- Identificar o sentimento que se tem na anotação não é uma regra, mas é a razão de existir a caderneta. Sem conhecermos os sentimentos que estão por trás das atitudes e dos pensamentos e das emoções, não nos reformaremos.

Depois falaremos mais.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A reciclagem dos erros

É importante que saibamos nos situar no momento histórico que vivemos. Mas se ampliarmos mais um pouco a nossa mente e nosso raciocínio, podemos nos situar em nosso momento evolutivo em relação ao momento evolutivo do nosso planeta - nossa aldeia global.

Com isso, é possível se pensar, compreender e entender que não estamos muito abaixo ou muito acima em nossa escala evolutiva. Algumas coisas sabemos e outras pensamos saber. Alguma sabemos que não sabemos e outras nem sabemos que não sabemos.

Mas precisamos viver e entendemos que precisamos saber de tudo. E não precisamos. Mas insistimos e teimamos em nos colocar como quem sabe de tudo. Temos opinião para tudo. Principalmente sobre os outros.

Não estou falando somente da fofoca. Mas pior. Estou falando daquilo que carregamos dentro de nosso coração e que tomamos como verdade. E está longe de ser a verdade. Tomamos como verdade pois achamos que precisamos ser conclusivos sobre muitas coisas, que precisamos ter certeza de muitas coisas, que precisamos ter julgamento sobre tudo. Não precisamos.

Do princípio dos tempos até hoje, saindo do reino animal para o hominal, nós precisamos nos sentir seguros, pois havíamos ganho o livre arbítrio e a consciência, que misturados com o medo provindo do reino anterior, nos gerou a preconceituação sobre quem são os outros.

Nos colocar de mente aberta sem conceituar quem é o outro, mesmo que seja o nosso conjuge (que pensamos que conhecemos) é difícil. É bem mais fácil passar a régua e cadastrar a pessoa dentro de nosso coração da maneira que entendemos. Quem são as pessoas, por conta deste nosso comportamento, é algo que passamos longe de compreender. E jogamos fora diariamente a chance de conhecê-las milímetro a milímetro, pois desejamos julgá-las de quilômetro a quilômetro.

E por isso, todos nós pensamos bobagens dos outros. E vamos morrer com isso. Desde assuntos importantes até banais vão nos acompanhar ao caixão. Os que ficarão aqui mais um pouco do que nós, vítimas de nossos preconceito pensarão: "Chegando lá em cima ele vai ver que não sou assim como ele pensa. Chegando lá, ele vai saber a verdade".

A esperança na justiça divina, pois o reino dos céus não é deste mundo, é correta. Porém, na prática, nem tudo pode ser de imediato. Chegar lá no plano espiritual depois de 80 anos julgando incorretamente a tudo e a todos e de uma só vez cair todas as fichas... é impossível. As coisas precisam de tempo. E nossa mente também se esquece de muitos detalhes. Com o tempo viramos a página, nem pensamos mais naquilo que nos preocupávamos faz 30 anos.

O que muda em nós do lado de lá é a maneira de pensarmos. Como ali temos certeza que não vamos morrer, partimos do pressuposto que não sabemos quem são os outros, pois não sabemos quem somos. E conforme vão nos aparecendo as situações é que vamos nos reciclando daquilo que pensávamos na terra. Podemos acelerar isso, se trabalharmos bastante, se formos disciplinados para tal, estudando, refletindo, orando e nos alinhando com o evangelho.

Nos livros de André Luiz é comum ver este tipo de reencontro e de reflexões sobre quem éramos. Mas muitas vezes nós não somos estimulados e uma parte do que pensamos de errado vai para um fosso que precisa ser queimado pela luz divina. Quando acendemos uma luz em nossa mente, vários pontos se iluminam por tabela. É uma teia de luz que temos em nossa mente. Puxa-se um nós e os outros também se influenciam. E com isso, vamos remodelando o nosso pensamento.

Precisamos ir para o outro lado para cair estas fichas ou podemos realizar estas reciclagens já?

Passo por coisas aqui na terra, por um lado e pelo outro, julgador e julgado. O de julgado dói mais. E vejo que não quero fazer isso com outra pessoa, pois isso não se faz... Mas eu faço. É bom sofrer os espinhos para lembrar sou falível e faço isso com os outros.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O quanto você vale

"Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!" (Parábola dos Talentos)

"Muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado". (S. LUCAS, cap. XII)


Olhando no espelho, escuto:

Já pensou no que o plano espiritual pensa de você?

Já pensou no quanto você vale para eles?

Estar aqui encarnado, tendo feito um curso de formação espiritual, um curso de médiuns etc.

Estar aqui neste vale de lágrimas que está se formando o nosso planeta, tendo um preparo para ajudar o próximo a secar os seus olhos umidos.

Quanto custou aos espíritos este preparo que te deram? Quantas horas, quantos anos, quanta proteção...

Quantas vezes pensou em desistir de tudo por bobagens? Tem noção de como tudo isso aqui te salvou?

Quantos dos amigos do plano espiritual gostariam de estar no seu lugar para ajudar ao próximo? Dariam a "morte" por isso...

Ao seu lado temos casais em desavenças, traições, obsessões, pessoas com depressão, pessoas que desenvolveram câncer por não perdoar. Choro e ranger de dentes.

Quanta sede de orientação quando estamos perdidos.

Tem noção do quanto você pode fazer por eles? Este é um momento único desta humanidade, é a hora da divisão do joio e do trigo. Quantas almas podemos ajudar para que se salvem?

Quantos anjos guardiões estão junto com estes sofredores, verdadeiros sofredores, aconselhando em seus ouvidos que ainda permanecem surdos às boas palavras. Se eles pudessem estar no seu lugar, encarnado, com preparo para falar, eles falariam e trabalhariam arduamente pelo próximo.

Quanto vale a sua presença para este anjo da guarda da pessoa que realmente sofre?

Você sofre, mas é tanto assim? Dá para aguentar, né? Percebe o seu preparo? Entende por que os espíritos ajudam muito as pessoas que freqüentam as escolas de todas as religiões?

Uma pessoa que passa por uma escola é uma pessoa que vale muito para eles, uma pessoa que pode fazer muito. Uma pessoa que faz escola ainda é muito raro, são poucas neste planeta em que o materialismo predomina.

Quanto mais séria é a instituição religiosa, quanto mais dedicação têm as pessoas que ali freqüentam, mais espíritos bondosos estão ali para auxiliar.