"Eu moro com a minha mãe, mas meu pai vem me visitar" (Renato Russo em Pais e Filhos).
Histórias fictícias, pois a visão de cada um não reflete a realidade como um todo.
"Um casal que não está totalmente equilibrado resolve adotar uma criança, um menino de poucos meses de nascimento. O pai, com um sério alcoolismo "social", resolve que irá educar o filho com rigidez, pois "assim é que se faz", "de pequeno é que se torce o pepino". O garoto vai crescendo embaixo de críticas e perseguições do pai. Quando está com alguns poucos anos de idade, faz de tudo para atrair a atenção do pai, portanto faz as coisas erradas e fica olhando, aguardando a reação, a bronca, as palmadas. Quando está somente com a mãe, ele é um menino doce, tranqüilo, alegre. Quando está com o pai, é levado, choraminga, chora mesmo, está revoltado. Quando um terceiro dialoga com ele, longe dos pais, lhe passa as coisas com amor, procurando ver o lado da criança, o menino reage bem, sente-se amado e não precisa criar problemas, pois se sente seguro. Os pais estão agora em crise, podem se separar. Como será o dia a dia desta criança? O que pode provocar no futuro deste menino uma imagem de pai como esta?"
"Uma menina, filha de pais separados, tem uma mãe ausente e desatenta e um pai atencioso. Porém a mãe mantém a guarda e recebe a pensão. Desde pequena a garota tem problemas por falta de atenção da mãe, teve todas as dificuldades para falar, para se expressar, para se desenvolver. A mãe culpa a separação, mas os problemas já existiam antes disso ocorrer. A menina inicia uma terapia e melhora, mas logo a mãe interrompe o tratamento. A garota tem problemas sérios de aprendizagem, mas que podem ser superados caso entre numa terapia. E o pai terá que entrar na justiça uma vez mais para tentar resolver este assunto. O que será desta menina e o que ela vai pensar dos pais, o quanto eles lutaram por ela?"
"Um outro casal, que mora com as duas filhas, os quatro dormindo num quarto sem janela, pois vivem humildemente num porão de uma casa. A filha de 5 anos e meio ajuda a mãe a cuidar da irmãzinha recém nascida. Segura no colo, troca a fralda, arruma o quarto. Muita harmonia e luz neste simples lar. As duas meninas crescerão se respeitando e se amando, descobrindo o verdadeiro papel de família e de serem irmãs".
"Um menino 4 anos mais novo que o seu irmão busca ser como ele, não vive sua vida, tenta viver a do irmão, ser como o irmão. Vive com poucos amigos da sua idade, vive revoltado, vai mal na escola etc. A mãe e o pai trabalham muito e os dois vivem com uma empregada e uma babá. Até que a mãe perde o emprego e fica em casa por um ano. Neste período ela cuida muito dos filhos, está presente em todos os pontos, organiza a vida deles, acompanha as lições de casa, dá segurança a ambos. O mais novo se sente bem, seguro, tem agora seus amigos, vai bem na escola, é mais amoroso e calmo".
"Uma mãe que trabalha muito também perde o emprego. Pode ficar mais perto dos filhos e com isso ajuda no desenvolvimento de ambos, tanto na parte psicológica, quanto na saúde. Depois de quase um ano desempregada, os filhos estão bem e se sentem mais amados".
Ter filhos de fato é um processo natural, mas nos dias de hoje no qual as pessoas buscam tomar suas decisões independente dos conceitos e preconceitos sociais. Ou seja, hoje tem filho quem deseja (ou quem não se cuidou).
Ter filhos, naturais ou adotivos, é uma opção, um ato de caridade, pois dá trabalho, é uma baita responsabilidade. O que nossos pais fizeram por nós nesta vida, nos ajudando a aprender e crescer - devemos realizar o mesmo aos nossos filhos, dando amor e paz a eles. Vale uma vida, literalmente.
Muitas vezes pensamos no nosso trabalho profissional, pensamos em nossas vidas, mas quando nos dedicamos a estes pequeninos que Deus nos confiou, a nossa alegria é tamanha, nada mais vai nos dar alegria maior que esta. É assim a Lei de Deus, a Lei do Amor, Lei do Universo.
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