sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Compreendendo o Quarto Caminho

Introdução

É pretendido dar uma compreensão do sistema do Quarto Caminho, que é um ensinamento esotérico sobre o possível desenvolvimento interior do ser humano. Tratar as ideias, as práticas e os exercícios, a terminologia, o processo e o seu objectivo, as exigências e o resultado da transformação num estudante do Quarto Caminho. No fim destes encontros, deve saber-se claramente o que é o Quarto Caminho e se é o caminho que se deseja seguir.

O ensinamento esotérico é um sistema psicológico mas difere daquilo a que hoje se costuma chamar psicologia. A moderna psicologia científica estuda o homem tal como o encontra ou como o supõe ser. A psicologia esotérica estuda o homem do ponto da vista da sua possível evolução. Esta perspectiva de psicologia é a que é usada nestes encontros — o ponto da vista da possível evolução do homem.

segundo encontro

Esoterismo

Esoterismo é qualquer ensinamento sobre o desenvolvimento interior do Homem.
Um ensinamento Esotérico é um tipo especial de conhecimento que tem de ser aprendido e gradualmente compreendido através do desenvolvimento emocional. Pretende-se produzir uma mudança permanente profunda e autentica no indivíduo.

O ensinamento esotérico existiu durante toda a historia do Homem sob diferentes formas e em diferentes escolas. Em períodos diferentes, "foi semeado" no mundo para nos dar orientação.

Nicoll: "em cada época, é semeado no mundo o ensinamento esotérico que mostra o sentido em que a evolução individual deve seguir… Na época actual foi-nos dado o ensinamento esotérico contido nos evangelhos que indicam o caminho para a evolução individual nesta fase."

A palavra "esotérico" é geralmente mal interpretada como 'secreto' ou 'oculto'. Escolas esotéricas existiram durante muitos milhares de anos, mas no mundo tecnológico pré-industrial consistiram de grupos isolados relativamente pequenos. A grande maioria das pessoas nunca ouviu falar do esoterismo e muito poucos entraram em contacto com uma verdadeira escola. A mentalidade de "sociedade secreta" ligada ao esoterismo vem em parte desta ignorância devida às circunstâncias e é usada em algumas escolas do Quarto Caminho como uma táctica de venda. As pessoas adoram segredos, adoram elitismo, 'chapéus', e grupos hierárquicos previamente combinados. Mas esotérico não significa secreto ou escondido, refere-se ao significado interior de cada coisa.

Gurdjieff: "em primeiro lugar, este conhecimento não é ocultado; e em segundo lugar não pode, pela sua própria natureza, tornar-se propriedade pública."

O conhecimento esotérico não é escondido, está disponível, no entanto, a esmagadora maioria não o consegue ouvir ou se o faz, acha-o fantástico, ou mesmo desnecessário.

O ensinamento esotérico é para aqueles que não estão satisfeitas consigo próprios ou com a vida como ela é; aqueles que sentem que deve haver algum significado maior na vida e anseiam por nele encontrar o seu próprio significado. Se estamos em grande parte satisfeitos connosco, com o tipo de pessoa que somos, o esoterismo não é o nosso caminho.

Devemos ter uma pergunta em nós próprios, sentir vontade de compreender, vontade de integridade, vontade de significado e razão de ser própria. Então, quando procuramos, quando o encontramos pudemos "ouvir".

Descrição geral e objectivo

O Quarto Caminho é um ensinamento esotérico sobre o possível desenvolvimento pessoal da consciência no ser humano. O homem foi criado como um ser potencialmente auto-evolutivo.

Nicoll: "o homem é semeado na terra… com a possibilidade de desenvolvimento interior, e a existência deste Trabalho, a existência do ensinamento de Cristo e a existência de muitos outros ensinamentos, é devida unicamente a esse facto — que o homem é criado como um organismo capaz de se submeter a uma evolução interior."

Este sistema usa ideias, práticas, e exercícios desenhados para gerar uma mudança gradual do nível de compreensão, na perspectiva da mente e da natureza do carácter. Pode ser praticado na vida — na nossa vida, como ela é agora. Não há necessidade de abandonar as circunstâncias e entrar numa comunidade separada para estar no Quarto Caminho. A sua metodologia psicológica é para ser praticada na vida quotidiana em todas as suas circunstâncias e com todas as pessoas que lhe pertencem.

Requer dois tipos de esforço — trabalho com o nosso conhecimento e trabalho com o nosso Ser, porque combinados os dois criam a compreensão. Todo o desenvolvimento depende inteiramente dos nossos próprios esforços e motivos. A sinceridade é crítica tal como a honestidade. É um processo de uma vida inteira visando criar uma psicologia que seja correctamente ordenada para ser capaz de receber inspiração divina ou o que o Quarto Caminho chama influências superiores (C).

É chamado o Quarto Caminho em relação ás três outras abordagens ao desenvolvimento interior da vontade. A primeira a do faquir; a do corpo físico desenvolvendo "a vontade do corpo". A segunda é a do monge que dá forma a um eixo de devoção religiosa, amor a deus, criando "vontade emocional". A terceira é a do yogi, que desenvolve a "vontade da mente".

Este sistema ensina que todos somos considerados como tendo três corpos dados — físico, emocional e intelectual — e um quarto corpo potencial que deve ser criado pela vontade. Um caminho que desenvolva só um dos corpos é desequilibrado. Um faquir pode desenvolver uma enorme vontade física e talvez consiga manter os seus braços levantados por anos. Para quê? Não desenvolveu o seu corpo emocional ou o seu corpo intelectual e assim com a sua "vontade" não pode fazer nada de valor. É quase a mesma coisa com os outros dois caminhos. O monge é subdesenvolvido física e intelectualmente. O yogi é subdesenvolvido física e emocionalmente. O ensinamento evolutivo do Quarto Caminho trabalha com todos os três corpos dados simultaneamente para produzir "o homem equilibrado" capaz de desenvolver "vontade consciente".

Os quatro corpos são chamados na terminologia cristã as naturezas, carnal, natural, espiritual e divina. No Quarto Caminho, estes são o primeiro corpo, segundo corpo, terceiro corpo, e quarto corpo.

O primeiro corpo é a parte a mais externa: o corpo físico que experimenta sensações. É-nos dado já organizado, mas funciona mecanicamente e respondendo a impressões externas.

O segundo corpo é o corpo emocional e é uma desorganizada massa de sentimentos e desejos, mudando constantemente, sem nenhuma direcção, respondendo automaticamente. É mais interior do que o primeiro corpo.

O terceiro corpo é o corpo intelectual que é a sede dos pensamentos e das funções do pensamento. É também uma massa desorganizada de pensamentos em mudança estimulados aleatoriamente.

O quarto corpo é o corpo divino. É acessível apenas através da "vontade" criada no ordenar dos segundo e terceiro corpos. Desenvolvendo Vontade Consciente ao organizar os seus três corpos dados é-lhe dado acesso ao corpo ou natureza divinos, que é indescritível. Se isto é conseguido, o quarto corpo tem então existência e possui consciência, individualidade, e vontade. O quarto corpo-de-vontade é mestre. É a nossa parte mais interior.

O funcionamento do homem subdesenvolvido é iniciado pela vida externa. o seu primeiro corpo, o corpo físico, experimenta sensações que causam emoções no segundo corpo que encontram expressão em pensamentos no terceiro corpo. Neste caso, não há nenhum quarto corpo, nenhum corpo-vontade, apenas uma barafunda, de pequenas e opostas vontades momentâneas estimuladas por emoções e pensamentos desorganizados. As suas funções são governadas por sensações mutantes da vida externa.

Neste sistema, o homem desenvolvido é dirigido pela consciência no seu quarto corpo e obedece à vontade divina. Neste caso, a parte a mais interior dirige as funções dos outros três corpos. O conhecimento consciente do quarto corpo compreende o que qualquer circunstância necessita e a vontade divina dirige os pensamentos no terceiro corpo a respeito destas necessidades produzindo correspondentes emoções desinteressadas no segundo corpo que cria acções apropriadas no primeiro corpo. Desta maneira, o que é mais elevado gera acções intencionais e os três corpos dados são sujeitos a elas.

A aquisição de um corpo divino é um processo similar ao do baptismo. O Quarto Caminho é a instrução prática no processo desta aquisição.

Gurdjieff, Ouspensky e Nicoll

Gurdjieff (1872-1949)

Tanto tem sido escrito sobre o enigmático George Ivanovitch Gurdjieff que seria difícil para qualquer pessoa distinguir entre facto e ficção ou, neste caso, entre intriga e idolatria. A bisbilhotice é fácil e a informação em segunda-mão é subjectiva. O que é geralmente aceite é que era Greco-Arménio, iniciado na sua juventude na tradição Sufi e possivelmente monge ortodoxo num certo ponto da sua vida. Também, viajou extensivamente através do Egipto, da Grécia, da Índia, e do Cáucaso procurando escolas de esoterismo. Em 1917, saiu da Rússia com um pequeno grupo de estudantes e estabeleceu-se em França eventualmente em 1922. Aí compra uma residência em Fontainebleau e abre o que chamou de Instituto para o Desenvolvimento Harmonioso do Homem onde ensinou o Quarto Caminho.

Os seus métodos eram controversos e o seu comportamento pessoal às vezes chocante. Houve sempre um debate sobre os seus motivos, acções, e legitimidade. Mas o Sr. Gurdjieff só pode ser encontrado no Trabalho do Quarto Caminho, no sistema que ensinou. À luz da compreensão do trabalho, da sua magnitude e significado, encontra-se Gurdjieff e depois disso bisbilhotar ou discutir as suas fontes torna-se irrelevante. A beleza e a importância do Quarto Caminho que trouxe à civilização ocidental validam a sua autenticidade, mas apesar das suas reputação obra e personalidade extravagante, permaneceu modesto. Deu este estrito concelho aos seus potenciais estudantes: "nunca confundam o cargueiro com a sua carga".

Ouspensky (1878-1947)

Peter Demianovich Ouspensky nasceu em Moscovo. Era um intelectual, foi jornalista por alguns anos tendo viajado no leste, na Europa e na Rússia. Em 1907, descobriu a ideia do esoterismo e prosseguiu os seus estudos em muitos países e em métodos diferentes. A sua busca levou-o ao Egipto, à Grécia, à Índia, ao Ceilão e a muitos outros países. Estudou também literatura oculta, o yoga, o Tarot, e métodos mágicos. Deu conferências públicas durante a sua busca do miraculoso.

Encontrou-se com Gurdjieff em 1915 em Moscovo e ficou de tal maneira impressionado que arranjou grupos a quem Gurdjieff apresentou seu ensinamento. Ouspensky e Gurdjieff tiveram um relacionamento pessoal difícil e, em 1918, Ouspensky começou a sentir: "eu tinha cessado de o compreender e considerava necessário separar Gurdjieff do sistema, de que eu não tinha dúvida nenhuma". Em 1922 ajudou na mudança de Gurdjieff para Fontainebleau em França que visitou subsequentemente diversas vezes. Ouspensky finalmente quebrou abruptamente com Gurdjieff em 1924 mas continuou o seu próprio trabalho em Londres. Após a morte de Ouspensky em 1947, o manuscrito de seu livro "fragmentos de um ensinamento desconhecido" foi enviado a Gurdjieff que disse: "antes odiava esse homem, agora amo esse homem." O livro foi publicado em 1949 e re-intitulado "em busca do miraculoso".

Nicoll (1884-1953)

Maurice Nicoll nasceu em Kelso, Scotland numa família nobre. Frequentou a faculdade e doutorou-se em medicina e tornou-se psicólogo praticando em Londres. Estuda diversos anos em Paris, em Berlim e em Viena, e trabalhou com Carl Jung por algum tempo. Em 1914, serviu no o Royal Army Medical Corp em Gallipoli e na Mesopotamia durante a primeira grande guerra. De volta a Inglaterra, foi oficial médico responsável do hospital do império que tratava homens com ferimentos na cabeça e espinal.

Encontrou-se com Ouspensky em 1921 e interessou-se pelo ensinamento. Algum tempo mais tarde fechou a sua prática em Londres e foi viver no instituto em Fontainebleau, onde trabalhou com Gurdjieff directamente. Quando regressou a Inglaterra, recebeu de Ouspensky permissão para passar as ideias que tinha recebido de ambos os professores. Começou o seu ensinamento em 1931 em Inglaterra e continuou até sua morte em 1953.

A estrutura geral do sistema

Há três aspectos da estrutura geral do Quarto Caminho na maneira como foi ensinado em Fontainebleau — a cosmologia, os movimentos, e o trabalho.

A Cosmologia

Há muito a ganhar com o estudo da cosmologia do Quarto Caminho. No entanto, no começo, diria que uma das ideias principais deste sistema é a verificação: "verifique tudo por si-próprio". A cosmologia é um modelo do universo para a expansão da mente. O estudo dele pode dar uma perspectiva de escala e de relatividade e expandir a mente dimensionalmente. Algumas das ideias agem como uma espécie de choque, desenhadas para nos despertar um pouco ou fazer com que pensemos de modo diferente sobre a criação em geral e sobre o nosso lugar e significado nela. Se reflectirmos nas ideias, podemos começar a ter uma mudança na nossa compreensão.

O Raio da Criação é o modelo cosmológico primordial sobre o ordenamento do universo. Todas as coisas criadas são ordenadas de acordo com leis. De outra maneira só existiria caos — desordem. Este sistema ensina que o universo é vivo e em desenvolvimento, procurando unidade e consciência. A sua estrutura é representada no Raio da Criação.

O raio mostra-nos sete níveis de criação, começando com o absoluto, que está sujeito a uma só lei — a lei da sua própria vontade. O segundo nível é o nível de todos os possíveis sistemas estelares ou as galáxias e está sob três leis. Cada nível subsequente está sujeito ao número de leis do nível precedente e, adicionalmente, ao mesmo número de leis no seu próprio nível. Assim o terceiro nível, que é o nível de nossa Via Láctea, está sob três leis do segundo nível e três leis do seu próprio, consequentemente seis leis pertencem a esse nível. O quarto nível é o nível de nosso sol que está sob doze leis. O quinto é o nível dos planetas como uma massa, sob vinte e quatro leis. O sexto é o nível da nossa terra, sob quarenta e oito leis. O sétimo é o nível da nossa lua, sob noventa e seis leis.

O raio da criação ensina que toda a matéria é energia que se condensa enquanto se move afastando-se para mais longe da sua fonte no absoluto, transformando-se em matéria mais grosseira e mais densa. Ensina que a nossa terra e os seres humanos nela aparecem bastante longe no raio e são consequentemente sujeitos a muitas leis: as leis de natureza, as leis da física, a lei do acidente, etc. Ensina que o homem é um ser auto-evolutivo criado para uma finalidade especial na função do Raio da Criação. Por essa razão, foi-nos dada a livre vontade para escolher a evolução.

Gurdjieff: "há somente uma evolução e uma não-evolução."

Realmente, há também a degeneração que é certamente não-evolução, mas não é uma condição estática. É possível também perder a habilidade de se tornar consciente através da degeneração.

Essa finalidade especial do Raio da Criação para que fomos criados, individualmente e colectivamente, é expressa nos seus termos mais simples na cosmologia pela tabela dos hidrogénios. A nossa finalidade pode ser mais elementarmente entendida como "transformação de energias", de vibrações mais grosseiras em vibrações mais finas.

A lei de Sete, ou a Lei de Oitavas, na cosmologia é um ensinamento sobre o ordenar da criação em níveis diferentes — no macrocosmos do universo e no microcosmos do homem.

Um dos pontos mais importantes de compreender ao estudar o Raio da Criação é que a natureza do absoluto é algo perfeito, Divino.

A lei de três, às vezes chamada lei da trindade, ensina que em cada manifestação de qualquer coisa no universo, três forças devem estar presentes. Elas são 1) força activa, 2) força passiva, e 3) força neutralizante. As forças activas e passivas cancelam-se essencialmente uma à outra e não produzem nada. Uma terceira força neutralizante é necessária para trazer os opostos a relacionar-se a fim produzir "algo".

A cosmologia do Quarto Caminho é expansora da mente e ilumimadora. Pode dar-lhe uma avaliação da magnitude deste ensinamento uma perspectiva do seu objectivo, incluindo choques ideológicos que ajudam a criar momentos de consciência mais elevada. Nas escolas do Quarto Caminho, e neste sistema, ensina-se que se deve começar no trabalho com o estudo da cosmologia e isso pode ter a validez das referidas razões. No entanto, ao faze-lo, descobrir-se-à eventualmente que toda a cosmologia não pode ser verificada e estamos instruídos a não aceitar nada por fé. Mais importante, seja qual for o conhecimento que se receber não resulta em transformação pessoal. Mesmo o mais astuto conhecimento da cosmologia não pode produzir uma transformação permanente da consciência, que é o objectivo de todo o ensinamento esotérico.

Os movimentos

No instituto em França, os estudantes participaram na aprendizagem de "danças Sufis" ou "movimentos". Este exercício físico era prática em atenção, em disciplina, em cooperação, em precisão, em perseverança, e mais; inclusive ocupação para os estudantes. As danças eram também, executadas em público para ganhar dinheiro para o instituto. São verdadeiramente extraordinárias. Diz-se que estes movimentos, ou as danças, carregam o significado esotérico. Isto pode ou não Ser assim, pode ou não Ser verificável. Em todo o caso, o facto inevitável é que tal como apenas o conhecimento intelectual da cosmologia do Quarto Caminho não produz uma transformação permanente da consciência, tão pouco o fazem os movimentos.

Apesar disso, muitas escolas do Quarto Caminho insistem que os movimentos devem ser praticados como parte do sistema, e a fim para obter balançado. Este é um sério mal-entendido da ideia "centros equilibrados" ou "homem equilibrado" neste ensinamento. A única exigência física para a transformação da consciência é função do cérebro, assim que não obstante o seu valor relativo, os movimentos não são necessários para a transformação da mente. Nicoll: "nenhuma quantidade de atenção ao corpo criará a transformação."

O trabalho

os exercícios e as práticas psicológicos do Quarto Caminho são o "trabalho" do sistema. São projectados especificamente para ser usados nas experiências da vida diária. Visam o auto-conhecimento, a crescente autenticidade e o tornar-se consciente. Esta é a transformação a que o esoterismo se refere e o trabalho psicológico é meio para o alcançar.

As ideias os exercícios e as práticas do Trabalho são supostos de construir algo dentro nós que nos eleva a um nível mais elevado de consciência. Nicoll: "o conhecimento deste trabalho é tal que pode agir no Ser e em consequência causar a compreensão." Esta acção só pode ocorrer usando a força dos seus esforços pessoais ao praticar o Trabalho. Aplicar estas ideias a nós próprios com sinceridade e diligencia é esforço — Trabalho. Isto é fazer o Trabalho — estar no Trabalho. Muitos estudantes pensam e dizem que estão "no Trabalho" simplesmente porque estão a estudar o Quarto Caminho. Isto não é assim. Tem que se fazer o Trabalho para estar no Trabalho.
Níveis de Consciência

A premissa para supor que pode haver um sistema evolutivo está em compreender a ideia de diferentes níveis num indivíduo. Todas as ideias do trabalho são baseadas em compreender que existem diferentes níveis de consciência. Consequentemente, o movimento de um para outro nível é possível. Nicoll: "tal como é, o homem serve as finalidades da natureza e nada mais é necessário tendo em consideração a sua vida. Mas pode pôr-se sob influências diferentes se o escolher. Pode mudar o seu nível de consciência e consequentemente atrair circunstâncias diferentes de acordo com seu nível."

Neste sistema diz-se que há sete níveis de consciência que consistem em quatro estados que pertencem a três tipos diferentes de homem existentes em diferentes níveis.

Os homens # 1, 2, e 3 todos compartilham os dois primeiros estados igualmente. O primeiro estado é o sono-descanso, sono literal com sonhos. O segundo estado é chamado estado de-pé em que se anda e fala e age na vida mecanicamente. O Trabalho chama também sono ao segundo estado, porque funciona automaticamente sem consciência.

Neste nível de consciência, há apenas a escuridão de estar a dormir. Nenhuma ajuda é possível porque as influências mais elevadas só podem chegar tão baixo como o Terceiro Estado de Consciência. Isto é o que o sistema ensina, mas seria mais exacto dizer que o Homem adormecido — Homem mecânico (os números 1, 2, e 3) não podem perceber as vibrações mais finas que vêm da consciência mais elevada por causa da grosseira natureza de seu ser.

O homem # 4 está no terceiro estado de consciência. Está a começar a acordar através da prática da auto-observação e de Auto-Recordação. Tem um certo grau de auto-conhecimento e Eu real.

O homem # 4 é chamado Homem Equilibrado que em termos gerais significa um homem que funciona correctamente. O homem equilibrado organizou os seus centros (ou corpos) — as funções da sua psicologia. Pode permanecer erecto no centro do balanço do pêndulo dos eventos e das circunstâncias da vida. Conseguir este estado requer um sincero e duro Trabalho psicológico a longo prazo; real Trabalho interior. Mas os esforços coretos feitos para os motivos coretos produzirão a real mudança interior. Do nível do homem # 4, as influências, a inspiração e a compreensão podem alcançá-lo — a luz está presente e a ajuda é possível.

Os Homens números 5, 6, e 7 vivem no Quarto Estado — consciência objectiva. Estes três são chamados "Homens Conscientes", Homem Acordado. A luz está presente e a ajuda está disponível. Neste nível, um homem pode ver as coisas como realmente são.

O homem consciente tem compreensão e perspectiva, consciência intencionalmente desenvolvida e ser, consciência real activa e vontade de fazer. O homem consciente é autentico, vive os seus significado e finalidade na vontade de Deus. É guiado pela inspiração divina, pelo sentido espiritual, pela verdade objectiva, pela consciência real, pela consciência objectiva, e pela bondade sobre todas as coisas. O homem consciente é incapaz de violência.

O sono

vamos ver um exemplo de homem mecânico, isto é, Homem adormecido: Homem # 1, 2 e 3, que significa todos nós.

Examinemos as circunstâncias ordinárias na vida quotidiana de um homem ordinário. Vamos dizer que é casado e tem um cão e trabalho. Acorda de manhã ao som do despertador e imediatamente deseja poder dormir por muito mais tempo. A resignação consegue levar os seus pés até ao soalho. O chuveiro refresca-o e recorda-o de que é hoje sexta-feira. Aliviado e feliz pelo o fim de semana, começa a imaginar as actividades que planeia. Enquanto pensa sobre um evento agradável, entra-lhe sabão para os olhos e imediatamente a raiva ferve. Talvez diga palavrões ou rosne ou qualquer coisa do género. Quando sai do chuveiro com seu olho ardente, encontra o cão a ganir e a riscar na porta da casa de banho. Irritado pergunta-se porque é que a sua mulher ainda não pôs o cão lá fora. Não o pode fazer agora. O cão terá que esperar, diz ele a si mesmo impaciente. Apressa-se a terminar a sua toilete, e deixa cair a escova de dentes e corta-se no queixo enquanto a frustração cresce. A sua mente volta repetidamente à ocasião especial do fim de semana e imagina conversações e cenários onde é o centro da atenção ou onde é apreciado, lisonjeado, e naturalmente sempre correcto. Ou preocupa-se sobre quem estará lá, como o tratarão, se fará uma boa impressão, se gostarão dele ou o embaraçarão. Vestido, sai e descobre que o cão se foi embora e outra vez irritável, pensa como se apressou e se cortou a barbear-se tudo só para descobrir que tudo era desnecessário. O cheiro do café atrai-o e o primeiro golo traz-lhe uma onda do prazer. A sua mulher entra e beijam-se. Está a observar como o tempo está agradável quando a mulher deixa o cão entrar pelas traseiras. O cão salta e seu café quente cai-lhe , queimando sua mão e manchando a sua camisa. Grita ao cão e explode de raiva por causa da camisa. Sai do quarto. Mudar de camisa implica mudar de gravata e agora mal o pode fazer, com os dedos queimados, queixo cortado, e olho a arder. Jura que vai por o cão na escola de obediência. Em primeiro lugar nuca tinha querido aquele cão, tinha sido a ideia dela. Ela pode levar o cão à escola. Agora está-se a fazer tarde, desiste do pequeno almoço, diz um adeus apressado à sua mulher, e vai de cabeça para o trabalho. Há pouco tráfego e a sua música favorita passa, e lembra-o de épocas passadas sentimentais. Fora do azul, recorda que deixou a sua papelada ao pé da cama em vez de a por na sua pasta. Ele vira o volante com a sua mão e pragueja alto. Tem que voltar a casa e agora estará certamente atrasado. Preocupa-se, e responsabiliza o cão, a sua esposa, o shampô, e a sua vida.

Este homem acredita, como cada indivíduo, que é inteiramente consciente, que age por sua própria vontade e está perfeitamente ciente de si-próprio e do que faz. O trabalho diz que um homem que funciona neste nível é um organismo de estimulou-resposta que reage à vida escravizado pelas suas respostas mecânicas. Funciona sem nenhuma consciência ou o intencionalidade e está adormecido para este facto, inconsciente do seu estado.

Isto é sono (estado a-pé, o segundo estado). Todos funcionam desta maneira automaticamente, criando o caos e a violência no mundo.

A ideia de que andam todos a dormir é um choque que pode ajudar a mudar a maneira de pensar. Entretanto, a consciência de que nós mesmos estamos a dormir é um choque de despertar. Esta consciência pode ganhar-se só com a verificação pessoal.

Despertar

A ideia de despertar deste sono deve crescer na consciência e poder agir com intencionalidade em vez de apenas reagir mecanicamente. O obstáculo principal ao despertar desta circunstância é que cada pessoa imagina que possui já a consciência e o auto-conhecimento plenos assim que não o necessita, não o procura, não está interessada. Cada pessoa acredita que age com conhecimento e que possui a vontade para fazer o que quer que escolha fazer.

O trabalho diz-nos que isto é uma ilusão e que a ilusão de ser já correctamente consciente é parte da condição de estar a dormir. Note por favor que o trabalho não lhe diz que a vida é uma ilusão (o que o pode fazer doentio). Diz-lhe que a sua visão subjectiva dela é uma ilusão.

As pessoas não agem. Reagem. Desde o começo da sua vida, cada pessoa reage às circunstâncias que a rodeiam e esta é a única maneira como pode ser. Mas o organismo mecânico, automático de estimulo-resposta, quero dizer, cada um de nós, é criado também como um organismo auto-evolutivo. Nós podemos evoluir na consciência através de esforços intencionais específicos.

A essência, o Eu real, e o Ser

Nascemos com um Eu único (self) com algumas qualidades natas que são observáveis. Como bebes, éramos ou mais activos ou mais passivos e tínhamos uma disposição positiva ou uma disposição negativa predominantemente. Há outros atributos idiossincráticos atuais no nascimento que são mais subtis, mas o ponto é que nascemos já com um EU (self) totalmente único. No trabalho, este é chamado a essência. Contem a nossa razão de ser.

Como crianças, a nossa essência é um pouco como uma ardósia limpa. Tem características e disposição únicas, mas à medida que a essência é influenciada por experiências do ambiente, é formada a personalidade em torno dela. A personalidade é adquirida para nos permitir de interagir com a vida e de sobreviver porque a auto-preservação é a directriz orientadora primaria. No desenvolvimento humano, essa directriz orientadora traduz-se em ganhar poder sobre o ambiente a fim de responder às nossas necessidades com de modo a a poder sobreviver, o que é, apesar de tudo, a primeira precondição necessária para qualquer outra possibilidade.

Assim a essência é a nossa parte mais interior e mais autentica, mas está coberta com uma personalidade que pode não expressar a essência de todo. Recordemos que a personalidade foi formada em torno da essência através de experiências subjectivas da vida e do seu excesso de eventos que sobro os quais não temos nenhum controle. A essência pode desenvolver-se na vida apenas até certo ponto em que chega a vez da personalidade tomar o comando. Permanece por desenvolver e sem poder a menos que seja desenvolvida intencionalmente através do trabalho. A intenção no trabalho é desenvolver a essência até que tenha o poder para dirigir sua personalidade. Este processo implica fazer com que a personalidade adquirida se torne passiva de modo que a essência se possa tornar activa. Se este processo for bem sucedido e a essência se desenvolver, emerge o Eu real.

O Eu real é mestre. Todos temos um Eu real que virá a manifestar a essência desenvolvida na verdadeira personalidade, mas também este deve ser gradualmente alcançado através do trabalho. Existe dentro de nós ao nível da Auto-Recordação, o terceiro estado de consciência. O trabalho ensina exercícios e práticas que ajudam a trazer o Eu real a tornar-se presente. A prática da Auto-Observação informa e ilumina o Eu real e transporta seu sabor porque estão ligados no mesmo nível de consciência.

A personalidade é a nossa parte a mais externa. Por traz da personalidade adquirida está a essência, e por traz da essência está o Eu real. Psicologicamente falando, a essência é interior à personalidade e o Eu real é interior à essência. Eu real é o EU mais elevado. É a verdade do nosso Ser.

O que o trabalho chama Ser, pode grosseiramente descrever-se como a natureza do nosso carácter. Todos possuímos ser em maior ou menor grau. Por exemplo, o Ser de um homem honrado é maior ou acima do Ser de um homem criminoso. Ser existe numa escala, quer dizer, em níveis diferentes e pode ser desenvolvido. Mesmo no inicio do trabalho, é-nos pedido para trabalhar em duas áreas de nós próprios — trabalho sobre o conhecimento e trabalho sobre o Ser. Isso porque é este conhecimento esotérico especial que aplicado ao Ser produz a Compreensão, e diz-se no trabalho que a compreensão é a força mais poderosa que se pode desenvolver. O desenvolvimento da Consciência é inseparável do desenvolvimento do Ser. Andam de mãos dadas.

Um dos elementos na escala do Ser é que os níveis diferentes são descontínuos uns com os outros, como linhas de telefone paralelas entre dois pólos. Os eventos que encontramos num nível de ser podem não existir noutro nível que tenha os seus próprios e diferentes eventos. Nicoll: "o nível de Ser que nos espera mesmo acima da linha actual, que é a nossa evolução, o nosso desenvolvimento interior, o nosso crescimento interior, é descontínuo com nosso nível actual, tal como um lance de uma escada não é contínuo com o seguinte. Temos que saltar."

A ideia a mais importante no trabalho sobre o ser é que "o nosso ser atrai a nossa vida".

A personalidade adquirida — Falsa Personalidade

Como já foi dito, a essência interage com a vida e a personalidade é formada destes infinitos factores idiossincráticos. A personalidade é formada em torno da essência como meio de interacção com a vida e isso é absolutamente necessário. É formada de acordo com leis que se aplicam a todos. Ou seja a sua formulação é ordenada o que explica os traços psicológicos comuns entre todas as pessoas em todos os tempos.

O trabalho chama a esta formação da personalidade a primeira educação. É referida neste sistema como a falsa personalidade e é certamente falsa. (Pode achar-se no entanto que o termo personalidade adquirida é um pouco mais claro e mais específico, menos condensador).

A personalidade em general pode ser descrita como uma colecção dos hábitos.
Hábitos de pensar — pensar nas mesmas coisas das mesmas maneiras;
hábitos do sentimento — emoções recorrentes, estados emocionais repetitivos;
hábitos de falar — repetir as mesmas histórias, as mesmas frases, as mesmas palavras.
Temos hábitos de atitudes e de opiniões.
Temos hábitos do corpo físico — postura, expressões faciais, tensões, movimentos, linguagem corporal;
hábitos de ser e maneiras habituais de responder a eventos da vida.
Adquirimos todos estes hábitos por imitação, por oposição, pela família e pelas influências culturais e da comunidade. Isto é, as influências da vida em que não tivemos nenhuma escolha, consequentemente estes hábitos não são nossos você não são a nossa personalidade.

A nossa personalidade rende-nos automaticamente a vida de acordo com a sua forma ou formulação única. Temos uma atitude sobre algo, uma opinião sobre uma outra coisa, temos sentimentos e pensamentos e estas coisas compõem a nossa experiência. Contudo todos estes hábitos que compõem a nossa personalidade não expressam a nossa essência ou o nosso Eu real. Podemos às vezes sentir isso como um sentimento de sermos umas imitações ou de sermos desconhecidos para nós próprios.

A essência tem que ser desenvolvida intencionalmente assim como o Eu real. Estes dois aspectos não evoluem mecanicamente. Evoluem apenas com os esforços pessoais da atenção e da intencionalidade ensinados no esoterismo, no Trabalho.

Um dos ensinamentos principais sobre a personalidade é que tem a ilusão de unidade. Ouspensky: "a ilusão de unidade é criada no homem em primeiro lugar, pela sensação de um corpo físico, pelo seu nome… e em terceiro, por um número de hábitos mecânicos implantados nele pela educação ou adquiridos por imitação. Tendo sempre as mesmas sensações físicas, ouvindo sempre o mesmo nome, e observando em si os mesmos hábitos e inclinações que já tinha antes, acredita que é sempre o mesmo."

O trabalho ensina que, na realidade, o homem é uma massa desorganizada de Eus sem nenhuma permanência. Cada pensamento, sentimento, sensação, agrado ou desagrado são 'um Eu'. Eus Desligados, contraditórios e mesmo opostos ' dizem "Eu" como se cada um falasse pelo todo de nós. Isto é chamado a doutrina ' dos Eus e embora possa soar incompreensível no início, é facilmente verificado e crucial para o nosso desenvolvimento. Podemos observar dentro de nós próprios a roda giratória 'dos Eus, cada pensamento ou emoção, desejo ou sensação. O homem é uma multiplicidade, não uma unidade. Não há nenhum 'Eu a controlador' ou vontade. Cada 'Eu' tem a sua própria vontade provisória pequena que desaparece quando 'o Eu seguinte' é dominante.

O reconhecimento da nossa multiplicidade marca uma etapa crítica no processo do trabalho. Sentimos uma grande instabilidade ao ver a nossa falta da identidade e pode induzir-nos num tipo de vertido psicológico que é amedrontador. Ironicamente, é por causa desta multiplicidade que encontramos a oportunidade de mudança intencional e a estabilidade real.

O trabalho ensina-nos como reconhecer, escolher e alimentar em nós os Eus que pertencem a um consciência mais elevada ou Eu real e como nos separar-mos ' de Eus prejudiciais ou que não expressam nosso Eu. real. Desta maneira, o trabalho trabalha na nossa psicologia sobre a nossa personalidade.

Mas o homem geralmente assume-se como um ' Eu ' e tem um retrato de si-próprio como a sua personalidade. Esse é o seu Eu imaginário. É um casaco posto por cada ' Eu ' de cada vez.

Há um outro ensinamento muito significativo sobre a personalidade no trabalho que gostaria particularmente de clarificar. Há um nível de desenvolvimento na personalidade chamado o Bom dono de casa. Isto significa uma pessoa que faz o seu dever na vida, vive responsavelmente com si-próprio e com o mundo, sem criminalidade ou perversão. Só uma pessoa que alcance este estágio chamado de Bom Dono de Casa é capaz para o trabalho. Se não pudermos viver uma vida ordinária decente, então não temos nenhuma possibilidade de sucesso no trabalho extraordinário. Nicoll: "deixe-nos outra vez recapitular o ensinamento sobre o ser. Primeiro, um homem deve estar na vida e ter tratado da vida e ter alcançado alguma posição adequada na vida e no conhecimento da vida e quando for um bom dono de casa, capaz de tratar das dificuldades e dos problemas ordinários da existência humana — isto é, o trabalho não é para As pessoas que procuram escapar dos fardos normais da vida. É para pessoas decentes normais e parte desse nível de ser. É muito importante que todos devemos compreender isto."

A psicologia da possível evolução

O desenvolvimento ou da evolução que são possíveis para uma pessoa na terra, na sua vida, é psicológico. Recorde-se que o homem é criado na terra como um Ser auto-evolutivo capaz de uma mudança psicológica auto-gerada — desenvolvimento. Este trabalho, que começa com o auto-conhecimento, é chamado auto-evolução porque é só através de esforços sinceros feitos intencionalmente por nós próprios que a possibilidade de evolução existe. É na, e através da energia do esforço para trabalhar que a evolução acontece. Cada pessoa deve fazer os seus próprios esforços para evoluir. Ninguém podem evoluir automaticamente ou pela compreensão intelectual, pela vizinhança, pela osmose, ou pelo conhecimento. Só o esforço interior pessoal do trabalho produz a força para a evolução. Este processo no trabalho trá-lo-á da psicologia do interesse próprio à psicologia da transcendência própria. Despertar de uma psicologia mecânica para uma psicologia consciente intencional é o nosso destino. É o que cada um de nós está aqui para fazer. O facto que este ensinamento existe é prova "dura" do Amor incondicional de Deus que nos alcança a nós mesmo na nosso insignificância; O seu amor muito pessoal por cada um de nós individualmente e igualmente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nada do que percebemos tendo como base a nossa personalidade mecânica pode nos levar à níveis de compreensão que levem a perceber o real mundo das possibilidades de algo profundo em nosso próprio interior.Real é algo que podemos experienciar acordados em nível consciencial, e para isso a consciência de si mesmo deve almentar á proporção adequada para o trabalho desta magnitude.O que você fala é algo que merece respeito e são poucos os que tratam o despertar como algo primordial. fernando de freitas.

Anônimo disse...

O que o Quarto Caminho tem a ver com a Doutrina Espírita? Até onde sei, são bem diferentes, ou seja, o Quarto Caminho está mais próximo da Teosofia, ou até do Gnosticismo do que do Espiritismo.