sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Batismo de Jesus e a FDJ

Vim para lançar fogo à Terra; e que é o que desejo senão que ele se acenda? -Tenho de ser batizado com um batismo e quanto me sinto desejoso de que ele se cumpra! (Lucas, cap. 12, ver. 50.


Jesus, foi o líder espiritual que montou o planeta terra. Para nós uma missão difícil, complicada. Se avaliarmos, ele teve que criar os 4 reinos e preparar, juntamente com muitos espíritos de escol, todos os detalhes, físicos, espirituais para que os planos divinos frutificassem. Dentro deste gigantesco planejamento, ele reencarna para uma missão simples de explicar: exemplificar a lei de amor.

Assim como Cristo, todos nós temos a nossa missão, todos temos o que fazer aqui na terra. Antes de reencarnar, planejamos e vamos mantendo o planejamento atualizado durante a encarnação, ajustando-o de acordo com as nossas decisões, afinal planejar não é interferir no livre arbítrio.

É comum, ao longo de nossa existência percebermos a nossa missão, aquela que planejamos antes de nascer, e durante a nossa vida. É comum sentir uma ajuda do plano espiritual durante anos, semeando, semeando, semeando o nosso coração, até que estejamos preparados para mudar de grau.

A vida é uma escola, mas os grupos que desejam crescimento montam escolas iniciáticas, dentro e fora das religiões, para encarnados e para o plano espiritual. As escolas educam, nos ensinam na prática a mudar o nosso interior e a buscar esta renovação sempre. Uma pessoa verdadeiramente iniciada pode te fazer mal, mas mais dia ou menos dia ela irá refletir e se arrepender do que fez. Legal, né? O mundo precisa de escolas iniciáticas? Certamente, prontamente.

Voltando ao Cristo. Ele, mesmo sendo ele, veio com uma missão e se preparou para isso. Foi trabalhando, estudando, refletindo, vivenciando... Num momento ele é questionado sobre se será batizado. Em algumas traduções, como a acima, ele afirma que anseia muito o batismo. Em outras ele diz o mesmo e acrescenta que será batizado quando for a hora certa (ou quando ele quiser). Tudo tem a sua hora. Mesmo Jesus iria naquela encarnação subir de grau, vindo com a missão de Messias.

E num certo momento, no momento certo, Jesus vai para a fila do batismo. Ali estavam muitas pessoas diferentes, gente mais esclarecida, gente mais endurecida. Todos com muita vontade de abraçar a causa do Messias. E o próprio ali estava, junto deles. Na mudança de grau, todos que estão para mudar estão na fila. Cada um ali com o seu degrau. João Batista não está lá para julgar se fulano é isso ou aquilo. João está lá a trabalho, fazendo a parte dele, orientando, esclarecendo, dando o seu tempo, energia (fluidos) para eles. Jesus afirmou que dos encarnados daquele momento, João era o maior. Mas não maior que o próprio Mestre. Conhecidos de outros tempos João vê o próximo da fila e o próximo é ele mesmo, Jesus.

João se escusa e diz que não pode ele batizar Jesus e sim o contrário. Jesus pede que ele siga com o seu trabalho. Realmente o batismo é feito por João, mas o compromisso de Jesus naquele momento era com o Pai, era com Ele que Jesus abraçava a sua cruz, a sua missão ainda muito incompreendida nos dias de hoje (e que não é escopo deste post). Jesus ali iniciaria a sua missão maior na terra e ao mesmo tempo a de João ia se finalizando. João preparou o terreno para o Mestre. Mas Jesus tinha a sua missão e o batismo foi o selo que ele escolheu para sua subida de grau.

A Fraternidade dos Discípulos de Jesus (FDJ) foi criada ao final da primeira escola de aprendizes do evangelho. Toda fraternidade tem uma escola e seus membros trabalham em conjunto de uma causa e mantém uma escola. Ou seja, todas as fraternidades do espaço (para espíritos desencarnados) mantém uma escola permanente de estudos, para iniciados ou em iniciação. Estudar, trabalhar e se reformar é o lema da fraternidade do Trevo e da FDJ. Durante muitos anos a FDJ era o espelho na terra da fraternidade do Trevo no espaço.

Bem, muito se pode falar sobre a FDJ, mas uma coisa é valida: a FDJ está ainda em formação aqui na terra, estamos buscando um caminho. Mas nada impede que os alunos tentem o ingresso e lutem lado a lado por esta fraternidade com os seus antigos dirigentes e colegas de centro.

Cada um tem a sua missão, mas para abraçarmos a missão temos que ultrapassar uma linha que o nosso mentor individual e nós traçamos dentro da gente. Cada um tem a sua linha, cada um é de um jeito. Quando ultrapassamos esta linha, estamos prontos para iniciar o nosso novo grau de iniciação, estamos prontos para abraçar a nossa causa, aquela que traçamos antes de nascer e que vamos atualizando desde então.

Vamos então para a fila, respeitando verdadeiramente o trabalho de João, mas com o coração elevado a Deus. É com ele que é o nosso compromisso, é com ele que prestaremos conta da oportunidade de reencarnar. Que nos preparemos para entrar na fila, não será a primeira vez que entraremos nem a última (vide o próprio Cristo).

Que levemos a Ele nosso esforço nos estudos, na reforma íntima e no trabalho voluntário. E o compromisso de manter a chama da Escola de Aprendizes, levando esta benção a quantos sejam possíveis, ovelhas desgarradas de Israel. O mundo é grande e para isso muitas religiões existem paras as multidões. Para algumas religiões menores, como o espiritismo, restam as ovelhas desgarradas de Israel. É a nossa seara, mãos à obra.

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