Na vida estamos condenados a nascer e morrer, diz o ditado. Mas amplio, estamos condenados a perder alguém.
Não nascemos em árvores. Um bebe não se cria, alguém cuida dele. Sempre temos alguém junto de nós.
Num certo momento chega a hora de uma pessoa ir. A morte de parente ou entes queridos é algo que devemos respeitar dentro de nós, respeitar os nossos sentimentos, mesmo que seja o sentimento de alívio (quando após doloroso sofrimento a pessoa se vai).
Aceitar a morte, a separação, aceitar o sofrimento que a pessoa passou, aceitar os nossos sentimentos. Tudo isso faz parte do processo.
Precisamos nos educar a perder, colocar isso em nosso planejamento mental para a vida. Ficar preso à alguém ou a uma situação nos leva a grande obsessões (como agentes ou como quem a sofre).
Lembrar da vontade do Pai na hora do sofrimento é algo que nos fará bem. Nos ligar ao mentor também auxilia.
Se esquecemos logo a quem perdemos, quando é uma pessoa amada, num prazo menor de 2 anos, a cicatriz não estará totalmente curada. Se demoramos mais de 4 anos, é por que criamos uma certa enfermidade psicológica. Ir administrando isso é importante, é um respeito de que fazemos a nós mesmos.
A morte é uma renovação de vida e isso é sempre saudável. A vida nos empurra, mas podemos ajudá-la um pouco. Um esforço nosso de se arriscar no novo nos fará sempre muito bem.
E pedir ajuda aos amigos, se aconchegar nos colos dos outros, abraçar bastante, chorar no ombro, sorrir, ter contato com a natureza, criar novas rotinas, mudar o visual, mudar de hábitos... Isso tudo ajuda.
E quando sentir saudades, senti-la, não alimentá-la, mas não sufocá-la.
Buscar sempre a alegria.
2 comentários:
Obrigada!Pude chorar no teu ombrl Zaki!Rita
Obrigada,pensei que ter em mim em partes esse sentimento de alivio,era porque sou uma mulher má.Vi meu marido inchando,em coma,e tive a triste noticia que ele teve isquemia cerebral,um médico chegou a me dizer,se ele sobreviver,tenha a certeza que a Sra chegou aqui com seu marido,mas terá levando para casa um problema,chorei muito ao ouvir isso,sofri em demasia,porém quando ele faleceu a poucos dias atrás,senti um enorme alivio,por saber que não teria que conviver com ele,sem nenhuma memória,vivendo como um vegetal.Seu texto me ajudou muito,agradeço-lhe de coração.Att Leá.
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