sexta-feira, 11 de março de 2011

Desprendimento - By Zaki

Na vida estamos condenados a nascer e morrer, diz o ditado. Mas amplio, estamos condenados a perder alguém.

Não nascemos em árvores. Um bebe não se cria, alguém cuida dele. Sempre temos alguém junto de nós.

Num certo momento chega a hora de uma pessoa ir. A morte de parente ou entes queridos é algo que devemos respeitar dentro de nós, respeitar os nossos sentimentos, mesmo que seja o sentimento de alívio (quando após doloroso sofrimento a pessoa se vai).

Aceitar a morte, a separação, aceitar o sofrimento que a pessoa passou, aceitar os nossos sentimentos. Tudo isso faz parte do processo.

Precisamos nos educar a perder, colocar isso em nosso planejamento mental para a vida. Ficar preso à alguém ou a uma situação nos leva a grande obsessões (como agentes ou como quem a sofre).

Lembrar da vontade do Pai na hora do sofrimento é algo que nos fará bem. Nos ligar ao mentor também auxilia.

Se esquecemos logo a quem perdemos, quando é uma pessoa amada, num prazo menor de 2 anos, a cicatriz não estará totalmente curada. Se demoramos mais de 4 anos, é por que criamos uma certa enfermidade psicológica. Ir administrando isso é importante, é um respeito de que fazemos a nós mesmos.

A morte é uma renovação de vida e isso é sempre saudável. A vida nos empurra, mas podemos ajudá-la um pouco. Um esforço nosso de se arriscar no novo nos fará sempre muito bem.

E pedir ajuda aos amigos, se aconchegar nos colos dos outros, abraçar bastante, chorar no ombro, sorrir, ter contato com a natureza, criar novas rotinas, mudar o visual, mudar de hábitos... Isso tudo ajuda.

E quando sentir saudades, senti-la, não alimentá-la, mas não sufocá-la.

Buscar sempre a alegria.

2 comentários:

Anônimo disse...

Obrigada!Pude chorar no teu ombrl Zaki!Rita

Anônimo disse...

Obrigada,pensei que ter em mim em partes esse sentimento de alivio,era porque sou uma mulher má.Vi meu marido inchando,em coma,e tive a triste noticia que ele teve isquemia cerebral,um médico chegou a me dizer,se ele sobreviver,tenha a certeza que a Sra chegou aqui com seu marido,mas terá levando para casa um problema,chorei muito ao ouvir isso,sofri em demasia,porém quando ele faleceu a poucos dias atrás,senti um enorme alivio,por saber que não teria que conviver com ele,sem nenhuma memória,vivendo como um vegetal.Seu texto me ajudou muito,agradeço-lhe de coração.Att Leá.