Falar de mim é bem diferente de falar dos outros.
Quando falo de mim, falo de coisas que estão dentro de mim. Se eu consigo já falar de meus sentimentos, eles são tão verdadeiros, mesmo que sejam defeitos, que a pessoa que me ouve fica tocada.
Quando falo de meus sentimentos, é muito difícil que a pessoa que me ouve me ataque, me critique. Falar de mim é tão genuíno, tão puro e tão verdadeiro, que quem me ouve parece perceber o que eu sinto - e respeita isso.
Posso falar dos outros, mas isso será muito agressivo, pois o é quando falam do que eu sinto, penso e sou. Nas escolas de aprendizes devo ensinar sempre, como dirigente ou expositor, que devemos falar de nós, dar o nosso testemunho, não falar dos outros, não criticar os outros.
Se alguém me agride eu falo do que eu senti, de como eu me senti. Isso melhor situa a "discussão" de uma maneira melhor do que eu dizer que pessoa que me agrediu é isso ou aquilo.
Falar de mim é respeitar o outro. É respeitar a mim mesmo. Falar de mim é a única coisa que eu posso falar com propriedade, ou muito perto disso, se eu falar principalmente do que realmente senti.
Falo de mim, pois assim não falo do meu próximo.
Com uma postura desta eu posso ajudar ao próximo de que maneira? Se eu não posso dizer para a pessoa que ela é isso e isso e isso?
Quando eu for incentivar, não vou afirmar que a pessoa é assim ou assado. Taxar os outros, mesmo num comentário positivo, é restringir a pessoa a um limite.
Eu não sou nada que possa ser taxado. Meu próximo tão pouco é. Taxar os outros é apequenar o que os outros são.
Sentimentos não são para serem empacotados para presente. Sentimentos são o que são e a vida é o que é.
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