"O que eu quero eu não tenho
O que eu não tenho eu quero ter
Não posso ter o que eu quero
E acho que isso não tem nada a ver"
(Renato Russo e Felipe Lemos em Conexão Amazônica)
A revolta do punk descrita no verso acima é muito mais freqüente conosco e com o nosso redor do que imaginamos.
É comum ficarmos tristes. Em algumas situações da vida podemos ficar abatidos. Em raros momentos da existência na carne podemos até entrar em depressão.
A tristeza é uma enfermidade em nossas almas que precisamos curar. Em mais de 90% dos casos de tristeza que temos são infundados. Ou seja, ficamos tristes por coisas que não deveríamos ficar.
Na cultura cubana, ao contrário da nossa, as pessoas não se permitem a pensamentos de tristeza tão facilmente. Com isso, o cubano resolve grande parte dos seus problemas assim: não vou ganhar nada ficando triste e choramingas, bola pra frente. Mas lá, com esta "não permissão" de se sentir triste, causa efeitos colaterais, pois quando existe os casos de depressão, nem a pessoa que está passando, nem seus amigos sabem como lidar com ela.
Estamos todos buscando a felicidade, como uma coisa que vem de fora de nós, uma coisa que nunca chega. Normalmente entendemos que a felicidade está nas coisas idealizadas que não temos. Mas a felicidade não é isso.
A felicidade é o nosso caminhar sobre a vida. Ser feliz é aceitar e ter alegria com o que tem. Com o corpo que tem, com a família, trabalho, amigos, atividades espirituais... Felicidade é o como fazemos as coisas, não as coisas que temos. Felicidade é SER e não TER.
Que optemos pela felicidade todos os dias, agradecendo a Deus pela vida, estando encarnados ou não, pelas oportunidades de aprendizados.
Que saibamos sempre valorizar o que temos. Sempre existe uma situação, de outras pessoas, a qual não suportaríamos. Não existe o caso do aluno que desperta quando sua caravana visita os lares de uma favela? E muitas vezes aquele favelado vive com alegria com o pouquíssimo que tem?
Olhe para aqueles que possuem muitas coisa e veja que algumas vezes eles não são felizes. Procure separar uma coisa da outra. Ter as coisas é uma coisa, ser feliz é outra. Observe que sentimentos podem estar junto de nós quando desejamos TER as coisas (casamento, casa, viagens, carros, dinheiro, beleza...): os sentimentos podem ser de inveja, cobiça, posse, ingratidão...
E que possamos entender que, após muito suor para conquistar as coisas materiais, ou posições, que isso realmente pode não nos trazer a verdadeira felicidade (que é pautada nas virtudes, não nos defeitos). E se por orgulho e egoísmo ficamos "felizes" em termos as coisas, com o tempo esta "felicidade" some e nos sentimos vazios. O que pode nos levar à depressão e à busca de termos mais coisas para sentirmos de novo aquela "felicidade".
Olhe para as pessoas que realmente são felizes. Vejam que são simples e desapegadas. Veja como são carinhosas com cada grama que possuem. Vamos seguí-las.
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