O fim de ano foi um momento de muitos contatos com amigos, pessoalmente, por telefone, sms, email, rede social e messenger. Parei para refletir sobre as amizades que tenho e o que quero com elas, o que posso fazer por elas.
Vejo que a questão afinidade é um dos pontos que norteiam estas relações. Nem sempre é o chavão que penso, que seriam pessoas com interessem em comum. O mais comum mesmo são pessoas que estão na mesma sintonia.
Outro ponto é o respeito. Se há respeito a amizade é transbordante. Vejo que algumas amizades minhas faltam com o respeito em relação a mim. Muitas vezes isso ocorre pelas pessoas pensarem que me conhecem. Nem eu me conheço direito, quem dirá uma outra pessoa.
A dedicação é uma das forças da amizade. Ter momentos de troca, mesmo que sejam anuais, semestrais, mensais, não importa, o importante é trocar, valorizar, apoiar, acolher.
Percebi alguns problemas com gente que eu conheço faz muito tempo e também com gente que eu conheço faz pouco tempo. Tanto num quando noutro caso, percebo que a amizade está frágil, pois ambos desejam sentar na janelinha, pois já sabem tudo de mim. Nas relações mais antigas, que são também um pouco viciadas, normalmente eu me coloco numa posição de abertura e de mostrar meus medos e dúvidas. Como não tive uma vida das mais católicas, a pessoa já chega com a receita pronta, com a cabeça cheia, com os preconceitos latindo alto.
Uma amizade tem que ter doçura, espaço, amabilidade, respeito, carinho. A grosseria não pode existir aí. O estado de abertura para que o meu amigo possa mudar, ser diferente, crescer - preciso dar este espaço a ele. Nada mais desagradável do que ser julgado por "crimes" cometidos nos anos 1980 - por isso, evitar de tratar um amigo assim é coisa que eu também não devo fazer. Nada como passar na pele e pensar: será que eu faço isso também?
A grande maioria dos contatos que eu tive foram muito positivos. Realmente eu posso ser estranho, mas os meus amigos não são. São especiais, pessoas de grande sabedoria, de conhecimento ou psicológico ou doutrinário ou de emocional forte. São pessoas que me acrescentam. Realmente são grandes pessoas, independente de classe social, credo, cor, time de futebol, nacionalidade... Sou muito eclético com amigos, isso faz parte de mim, sempre foi assim, desde pequeno. No tempo em que eu dava festa de aniversário, eram festas muito bacanas, com grupos muito distintos, mas com pessoas de muito valor. Sempre pensei, eles são tão legais, acho que nem mereço tudo isso.
Nos casos das amizades com problemas, que escrevi acima, meus desejos são:
- Superar estas dificuldades, me aproximando e mostrando quem eu sou.
- Investir tempo neles, paciência.
- Não deixar que me rebaixem, que me façam caricatura, que me agridam.
Acho que seu fizer os 3 juntos vai dar certo. Meus sentimentos na hora do contato não foram os melhores, eu demoro muito a perceber que estão enfiando a faca em mim e ainda dando uma giradinha. O que pode parecer um coração puro, pode significar que eu possa ter um certo menosprezo pela pessoa que está me agredindo. Quem sabe se eu refletir mais sobre isso e não colocar mais o meu amigo no papel ruim, quem sabe as facadas viram beliscões e de beliscões virem carinho.
Uma coisa que eu gostaria de deixar registrado é que eu tive contato com muitos cubanos neste final de ano, pela internet. É um povo muito bacana, educado, que considera muito o próximo. O contato com eles, prejudicado em 2010 pela minha falta tecnológica, permanece bom, caloroso. Durante 9 anos trabalhei diretamente com eles a há 3 anos estou afastado deste convívio diário. Porém digo que temos muito o que aprender com eles, não é à toa tudo isso está acontecendo na relação Aliança e Cuba.
A todos os meus amigos, minhas melhores vibrações de amor.
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