quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Indulgência

Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita. (José, Espírito Protetor, Bordeaux, 1863. ESE, Capítulo X, A Indulgência)

Amigos nos amam e nos dão bons conselhos. Querem muito o nosso bem. Me disseram para eu ser menos rigoroso e mais flexível.

Mas o que poderia me fazer ter uma atitude tão rígida? Estou me defendendo de que?

De viver, diz aqui o meu coração. Tenho medo de viver, por razão ainda não sei. Meu coração anseia por vida, por sentir o gosto da chuva, seu barulho, relaxar, respirar, tirar os sapatos, deixar as energias fluírem.

Quanto vale um conselho deste? Bastante, né?

A causa pode ser que seja por uma vontade grande de querer ter constantemente o controle e isso faz com que eu fique tempos grandes girando no meu próprio círculo.

Esta causa tem ânsia de poder, de possuir. Tive claros momentos de relax no final do ano, mas no final eu quero controlar as coisas e quero que tudo fique o jeito que planejei. Poder é filho do Egoísmo, muito prazer. A doença que tive no final do ano é típica de quem disputa poder.

Devo ser mais indulgente comigo e com os outros. Vivemos nos esbarrando por aí, às vezes nos trombamos, noutras não. Estou cobrando uma perfeição do meu próximo que estou longe de ter. Estou exigindo de meu próximo que ele tenha o meu tempo e não o dele.

E acabo fazendo esta tortura comigo também.

Hora de ser indulgente com o próximo, largar o poder, ser mais brando comigo e com os outros.

Obrigado

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