sábado, 8 de janeiro de 2011

A Semeadura

Eis aí que saiu o que semeia a semear. E quando semeava, uma parte das sementes caiu junto da estrada, e vieram às aves do céu, e comeram-na. Outra, porém, caiu em pedregulho, onde não tinha muita terra, e logo nasceu, porque não tinha altura de terra. Mas saindo o sol se queimou, e porque não tinha raiz, se secou. Outra igualmente caiu sobre os espinhos, e crescendo os espinhos, a afogaram. Outra enfim caiu em boa terra, e dava fruto, havendo grãos que rendiam a cento por um, outros a sessenta, outros a trinta. O que tem ouvidos de ouvir, ouça. (Mateus, XIII: 1-9 )

Três coisas hoje me chamaram a atenção: (1) o número de acessos que o Blog teve, de diversas partes do mundo nestes primeiros dias do ano, (2) o compartilhar a informação no facebook, até por pessoas que não conheço, (3) o interesse de alguns posts especificamente.

Nunca sei quem é o meu próximo, se ele é solo bom ou não, de onde vem e para onde vai. Quando comecei a trabalhar no discipulado e parti a lançar as sementes do evangelho em minhas caminhadas, não sabia a força do que estava fazendo. As sementes chegando aos corações e muitas delas frutificando.

Em relação à primeira turma que dirigi, tenho os meus ex-alunos como grandes amigos. É uma relação de amor e confiança muito grandes. São laços que foram construídos com trabalho e esforço das duas partes e que agora rendem uma grande ligação de amor. A escola acabou em 2007 e a força espiritual de amor está maior ainda, mesmo com certo distanciamento. Com os alunos da minha segunda turma as coisas caminham para a mesma direção.

Mas existem as sementes que aplico em todos os outros trabalhos do centro, inclusive quando fico no encaminhamento, o meu trabalho preferido, pois ali sinto todos os assistidos que passam e posso lhes transmitir docilidade, alegria, atenção.

Na vida comum lanço as sementes do evangelho em muitos lugares, mas nem sempre é assim, pois muitas vezes esqueço. Tem épocas que estou mais comprometido e outras que estou perdido no turbilhão da vida. Mas basta um pedido que instantaneamente eu me ponho à disposição.

As pessoas que mais valorizam as sementes lançadas são as mais simples, as mais sofridas. E é a eles que meu coração mais facilmente desperta e me coloco em atenção a eles.

Assim como o semeador da parábola, busco ajudar a pessoa de onde vier, seja quem for. Já estive em happy hour que a turma resolveu fazer perguntas, muitas perguntas sobre espiritismo, problemas familiares, tudo o mais. Mesmo num ambiente daqueles menos propícios, dei o que eu tinha. Hoje na hora do café depois do almoço, foi a mesma coisa. De manhã numa reunião também. Ontem, anteontem, todos os dias, todo dia é dia de semear.

É grande a alegria de perceber as oportunidades sendo cumpridas, de ver algumas sementes brotando ou frutos sendo colhidos de uma árvore... O sentimento que bate no peito se chama caridade.

Que minha fé seja igual a de um grão de mostarda, tendo a confiança e certeza de que irei triunfar em meus propósitos.

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